quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Romance nas trevas


Meu bem as flores estão mortas no quintal da nossa casa
E aquelas fotos ainda não foram deletadas da máquina de registrar alegria e tristeza e nem aquele curta metragem que fizemos juntos corrompeu com o tempo a imagem de nós dois
Mas meu bem a pintura da nossa vida se desbotou e como repintar tudo isso agora?
As flores continuam mortas no jardim da nossa casa e as lembranças estão trancafiadas no inconsciente e as vezes, em raras vezes vem a tona...

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sou da guerra e do caos


Você coloca sempre a culpa no destino todas as vezes que sua vida vira um tufão...Mente pra si como se fosse fácil sublimar a paixão que sente por mim. Quero te dizer que eu vim pra causar confusão na tua cabeça e arrebentar as portas e os telhados da sua casa. É da minha natureza entende, nada posso fazer. Se quizer entrar saiba que nada será como antes e que as tempestades no meu mundo sempre são constantes.....Sou da guerra e do caos...

Extraido do livro ainda não lançado
"Romance nas trevas"
Autor:Auriel Filho
De madrugada


Escrevo um poema pra alguém e estou ouvindo the smiths, Morrisey diz que ele teria a coragem de morrer por alguém...essa vontade já tive com você...mas você talvez não entederia o amor ultra romântico. Sei que as vezes isso soa desesperador, mas é assim que sentimos quando estamos no limbo romântico. Escrevo um poema pra alguém, mas esse alguém não sabe ler nas entrelinhas...escrevo um poema pra alguém..
Pra alguém interpretar...

Extraido do livro aqinda não publicado
"Romance nas trevas"
Autor:Auriel Filho
Análise

A minha terapeuta me analisa o tempo todo, diz que o meu problema com as mulheres é que eu sou muito bonzinho...que preciso ser mau...gostaria de saber das mulheres se é isso mesmo...mulheres gostam de homens maus? Dificil saber..mas não tenho vocação para ser mau...talvez lobo mau sim...ser gardenal na estrada, curtir um som, tomar meu vinho, ter um pensamento diferenciado dos demais..sim...Mas ser mau com as mulheres e fazê-las sofrerem não sei fazer, não é da minha essência..ainda...Quem sabe ela não está com a razão não é?.

Extraido do livro ainda não lançado
"Romance nas trevas"
Autor:Auriel Filho
Quinta feira

Os noturnos que não estão presos nos contextos, sabem que as quintas é que a celebração começa, do vinho na taça aos poemas e contos intermináveis nos barzinhos, nos cemitérios e nas praças.
Daquela musica emocional, ou do rock ou até mesmo do som eletrônico estamos buscando os espaços para se libertar....
Quinta feira sempre os encontros tem as suas estórias de vida, mas logo isso se acaba e a margem que se dá é por o pé na estrada, pois amanhã mesmo sendo sexta feira outra balada se inicia...

Extraido do livro ainda não publicado
"Romance nas trevas"
Autor:Auriel Filho

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Acelero...

Acelero
pego a tua mão e ponho pra trocar marcha
e se encaixa e coloco a 3ª e a 4ª

Acelero
na luminosa avenida
e a marcha passo pra 5ª
E voce me olha assustada
com os seus olhos de menina

Acelero
na auto estrada agora
só posso dar 120
os radares estão por todos os lados
mas estou pouco ligando pra isso

Acelero
e piso baixo no asfalto chamativo
e acelero e vivo..
Acelero e vivo...

Extraido do livro
"Romance nas trevas"
Autor:Auriel Filho
Me disse Digiby

O amor está morrendo nos corações dos amantes
me disse Digiby..

Fiquei a imaginar quantos corações dilacerados
quantos sonhos escorreram num discurso vazio

A paixão parece não encher mais os corações
dos amantes, me disse Digiby..

Fiquei a pensar que o dialético no amor não
está sendo conjugado nesses tempos

Digiby anda em Munique com esses pensamentos
e resolveu caminhar sozinha neste momento....

Para Digiby
Poesia escrita em Outubro de 2009
para o livro"Romance nas trevas"

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Queroli

Eu quero a brisa da manhã,
e você dormindo sorrindo.
Sonhos doces,
mesmo que as estações
sejam imutáveis no seu tempo

Eu quero a brisa da manhã e
você bem perto de mim
Dias bons ou ruins,
o que isso importa,
se os nossos sonhos estão aqui

Eu quero a brisa da manhã,
e você no tempo até o fim
Eu quero você e a brisa
da manhã... Queroli

Extraido do livro ainda
não publicado...
"Na rua da Solidão Noturna"

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Mas ela

Mas ela caminha bem a vontade com passos
curtos e sorriso largo
Mas ela mexe com o imaginário
e o lobo à espreita bem na rua do lado
Mas ela sabe que o amor é secundário e vem depois da
paixão.... se sobreviver...
E ela sabe muito bem a razão....
O seu corpo fala mais alto em tração em atração e
sabe que o rumo têm que seguir o coração
Mas às vezes ficava indecisa se tirava o sutiã ou
o livro da mão.
Gilliam

Eu
Você
Tudo é possível
Aonde
Te vi
Quem sabe
Me diz
Sei
Esqueci
Achei
E quase te perdi
Amo
Te amo assim
Agora
Está tudo bem
Tenho você
Aqui

Pra
Mim
Sangrando

O teu silêncio
deixa-me em desespero
parece que errei mais uma vez
Eu não queria te perder
mas tudo se desfez
A noite fala por nós
coisas que não queremos ouvir
O dia nos cega por hora
sempre foi assim
Os teus olhos cor de fogo intenso
me faz reagir
Estamos sangrando por nada
quem de nós
é que quis assim
Quem de nós
é que quis ser infeliz
Solidão nos balcãs

Na escuridão do dia vem você
Minha solidão nos balcãs nada é
comparado ao inferno que sinto por dentro,
O som da agulha na vitrola arranha a minha noite,
o meu copo de vinho nunca foi tão amargo assim,
O teu rosto no pensamento, a tua língua melada,
e entrelaçada com a minha são intocáveis e incontáveis
desmedida do tempo..
Nitroglicerina

Teu amor é uma
composição química
tão perigosa
como nitroglicerina
Teu amor é ansiedade intensa,
impulsiva, ao mesmo tempo
sem vida,
como nitroglicerina
explosão que não sobra sentimentos.
Dois (poema para Digiby)

Fazem dois meses que estamos na auto estrada
Dividimos o pão em dois a favor
ou contra o mundo
Fazem dois meses
que olho nos teus olhos
e quero você próxima de mim
Fazem dois meses
e ainda não consegui dizer
Que o sol e a lua
se completam como eu
e você
Ficar

Às vezes fico
Com quem eu quero
Às vezes me apaixono
Às vezes não quero
Às vezes quero a ti

Às vezes fico
Até me cansar
Às vezes quero estar só
Só pra pensar

Às vezes quero abraçar
Possuir pro prazer
Te sentir perto de mim
Até não mais poder...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Ontém e hoje

Quebrei o espelho onde refletia o teu rosto
rasguei as poesias e deletei canções no meu MP3

Nesse tempo abraçei o travesseiro
assisti filmes românticos que fazia lembrar
o passado tão presente

Agora vejo que o tempo me trouxe paz
e estou pronto para olhar pra ti sem ressentimentos...

extraido do livro ainda não lançado
"Romance nas trevas"

quarta-feira, 26 de agosto de 2009








Sou noturno

Sou noturno
Romântico da madrugada
Sinto a poesia das ruas
E o ranger do coração

A taça em que tomo
o meu vinho
Sempre tem um fim
E me entorpece
Mas vejo vida no paraiso perdido

Sou o romantico da madrugada
Sinto as estações e quero
quando chega a luz do raiar o dia
ir embora com você

Amor pra vida inteira


Eu quero a lua sorrateira nesta noite
voar no ar pelas nuvens em fileiras
e dizer coisas que faça a tua cabeça

“Amor pra vida inteira”

Quero você também nas horas vazias
Quando o dia parecer estranho
E dizer que não foi engano

“Amor pra vida inteira”

Quero você na cama
pra afogar na tua língua doce de macieira
e esquecer da solidão das cordilheiras

“Amor pra vida inteira”

Sei bem o que digo

Me atormento
Sei bem o que eu digo
quando vem você
no meu pensamento

O mundo não é mais o mesmo
o nosso caminho na areia
pelo mar foi desfeito
Sei bem o que eu digo
quando vem você no meu pensamento

Atormento-me
pois prometemos
de seguirmos juntos para sempre
mas veio o vento e levou
os nossos sonhos
e deixando apenas o sentimento

Sem bem o que digo
quando vem você no meu pensamento

Mariana

Ela acena e dança...
Dança uma valsa frenética e me olha com olhos
de gulosa
Doce Mariana rodopia e segura no mastro
e relembra os tempos de infância
Ela baila, dança e desliza suave agora
mais ainda olha o chantily com olhos de gulosa
Doce Mariana...
Dance...dance...dance...

"Essa poesia é para a Mariana que numa noite
dessas cuidou de mim de coração"
Solidão

Venta muito à noite
e eu quero o frio
da solidão

E não pense que a solidão
é só um sinal de tristeza
pois não é não

Venta muito à noite
e penso em você
na contramão
mas o meu coração
não me tortura
como antes
no inverno e no verão...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Gélido

Quando o frio entra na alma lembro
da solidão dos Balcãs,lembro da fumaça
e da esperança desprendida caindo como
uma lágrima de um rio sem vida....

Quando o vento passa e o tempo se arrasta
percebo que as feridas ainda não foram
devidamente cicatrizadas e vejo ao longe
a moça com olhos de cimento, vestida de vermelho
com estampas de flores cor de rosa...intácta

Extraido do livro ainda não publicado
"A Solidão dos Balcãs"
Promessas são papéis avulsos que queimam palavras...


Ainda que tudo dê errado tenho você na lembrança

dos dias frios que passamos juntos, nas tardes que sonhávamos

e nas noites que eram intermináveis e não conseguíamos nos largar..


Promessas são papéis avulsos que queimam palavras.....


Ainda que tudo dê errado sei que tenho voce

Lembra do beijo doce e desesperado

no carro, no estacionamento do shopping?


Promessas são papéis avulsos que queimam palavras...


Ainda que tudo dê errado tenho voce na minha vida

E sei que o nosso abandono é simplesmente matéria

Mas na alma e no coração eu e voce se eterniza...


Promessas são papéis avulsos que queimam palavras....

Extraido do pré livro ainda não lançado
"A solidão nos Balcãs"

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Bom dia Bo

Na escapada da madrugada acelero...estou com a garrafa de vinho
aberta no carro e o som ecoa pela mente..Busco uma nova emoção
já que nada me contenta e alivia...Quero a escuridão e preciso
dela pra dizer quando amanhecer. Bom dia Bo....

Leve os meus sonhos agora moça e enterre na rua da solidão
noturna...faça a oração da natureza e se lembre do raiar da
esperança...Mire o horizonte e verás que tudo é uma
brincadeira de criança..um doce com sabores deveras para
uma temporada

Quero a escuridão e preciso dela
pra dizer quando amanhecer ..
Bom dia Bo
....

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O meu pensamento segue com você

Nas horas vazias o meu pensamento
segue com você
Andando na estrada
o meu pensamento
segue com você
O coração quer parar
de tanta dor interna
Lembranças não querem ir embora
quer fazer eu seguir com você
Nas horas vazias
o sentimento se confunde
o coração quer parar de bater
de tanta dor interna
Andando pelo nosso atalho
o meu pensamento segue com você
Dois
(poema de Dexter para Digiby)

Fazem dois meses que estamos na auto estrada
Dividimos o pão em dois a favor
ou contra o mundo

Fazem dois meses
que olho nos teus olhos
e quero você próxima de mim

Fazem dois meses
e ainda não consegui dizer
Que o sol e a lua
se completam como eu
e você
Álcool hidratado


Os neurônios explodem
em micro partículas
e já não sei o caminho de casa,
Janis Joplin
The Doors e
álcool hidratado, baby
A mesma noite se repete sempre
conteúdo do inconsciente vem
à tona a todo instante
Você não sabe como é viver
Sem saber se existirá o amanhã
Janis Joplin
The Doors e
álcool hidratado,.baby
Balada do amor perfeito

Quero dizer
Que um dia desses
Seguiremos pela mesma estrada
E que o nosso caminhar
Jamais será desfeito
Balada do amor perfeito
Eu vou ser quase tudo
Que você quiser
Eu serei de àries
E você de aquário
O sonho será refeito
Balada do amor perfeito
Porque o amor não pode ser desse jeito?
Porque não construímos nossa vida assim?
O ar não precisa ser rarefeito
Eu serei o vinho
E você a taça
Você será minha
E eu serei teu por inteiro
Balada do amor perfeito
Sangrando

O teu silêncio
deixa-me em desespero
Parece que errei mais uma vez
Eu não queria te perder
mas tudo se desfez
A noite fala por nós
coisas que não queremos ouvir
O dia nos cega por hora
sempre foi assim
Os teus olhos cor de fogo intenso
faz-me reagir
Estamos sangrando por nada
quem de nós
é que quis assim
Quem de nós é que quis ser infeliz
Brilhante

Se é que brilhas
no espaço sideral
minha amiga estrela
busque os confins
do universo
e retire o véu.
Se é que brilhas
ilumina a escuridão
que devora a minha
paixão, o meu amor
o meu sentimento
mais vil.
Se é que brilhas
minha amiga estrela
traga-me as três
Marias, para que
façamos o nosso.
banquete de signos
na via Láctea das boas vindas.

terça-feira, 28 de julho de 2009

O Guia de Almas

Aprendi andar por diversos
caminhos, mas não pense
que o caminho foi fácil. Andei
e muitas vezes não encontrei
o caminho perfeito. E isso
Fez-me regredir no aprendizado
e no tempo. Por mais que eu queira ser o seu guia
tenho que aceitar que tu és um
turbilhão que pode desencadear
ondas jamais vista ou sentidas.
Aprendi andar por diversos
caminhos e por muitas vezes
briguei com o Deus Universo
Tive os meus motivos é claro,
mas poderia ter sido
menos cético
Talvez assim poderia ter enxergado
com os olhos que não enxergam
Aprendi andar por diversos
caminhos, mas poderia romper
com a paixão no intuito de construir o amor, Sim o amor que é construção em movimento!
Aprendi andar por diversos caminhos e mesmo tudo estando contra tenho que caminhar em frente....seguindo.......
Solidão nos balcãs

Na escuridão do dia vem você
Minha solidão nos balcãs nada é
comparado ao inferno que sinto por dentro,
O som da agulha na vitrola arranha a minha noite,
o meu copo de vinho nunca foi tão amargo assim,
O teu rosto no pensamento, a tua língua melada,
e entrelaçada
com a minha são intocáveis e incontáveis
desmedida do tempo
A casa de Lis

O sol ilumina, mas não entra
pela janela da casa de Lis
O silêncio e as cinzas no cinzeiro,
um incenso floral
e um som underground
na cedezeira da casa de Lis
A noite chega sorrateira
e ela não percebe que a luminosidade
se foi.
O computador não computa mais
e a garrafa de vinho secou,
Na casa de Lis o sol não se põe,
as estrelas não brilham,
o amor se perdeu
e a noite calou
mas a casa de Lis
Continua intacta
“A casa de Lis continua intacta”
A solidão de Lili

O inverno não cessou__ congelou o vento sorrateiro no jardim da casa de Lili. Contida no seu mundo aceita apenas o destino que não cicatrizou.
Sua verdade reles fantasia do imaginário era melhor do que a realidade dura e cortante.
A chuva caiu tão fina e ácida, e a solidão veio e se alojou, sem amor, apenas com lágrimas. Sua fantasia reles verdade do concreto paralelo que um dia desabou no chão sem estrelas e com a escuridão. O seu interno terno no inverno tão dilacerador, o mundo perverso que se purificou,
Mesmo assim ela continua tentando
Viver nos dois mundos...

sábado, 25 de julho de 2009

Verdes vales

Eu passo no caminho pantanoso
e ela está olhando o futuro que nunca vem...
Ela ainda sonha com os verdes vales de outono
e a brisa gelada da manhã
Eu passo no caminho pantanoso
e ela não se encontra mais no mesmo lugar
talvez perdeu a magia do existir
e de me esperar...

Extraido do livro ainda não lançado
"Na rua da solidão noturna"

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Aos que um dia brindaram a madrugada com vinho na taça.

Nunca me prendi na poesia a algum tema, sempre escrevi sobre tudo que me cerca, mas não posso negar que uma boa relação ou um romance tem o meu apreço. A questão maior é que essa relação é uma das mais complexas e os seus mecanismos que envolvem tudo isso traz um aprendizado e tanto. Por outro lado nenhuma poesia que escrevi são de ordem apenas criativa, na verdade são estórias da minha vida. Não conseguiria escrever sobre algo que não tivesse sentido e experienciado. Sou um poeta que vive toda a sua poesia...Sou um poeta da relação psicológica como disse Digiby minha grande amiga.
Bem preciso agora viver mais um pouco, para escrever mais....
Romance nas trevas

Meu bem as flores estão mortas no quintal da nossa casa
e aquelas fotos ainda não foram deletadas da máquina de registrar alegria e tristeza e nem aquele curta metragem que fizemos juntos corrompeu com o tempo a imagem de nós dois... mas meu bem a pintura da nossa vida se desbotou e como repintar tudo isso agora?
As flores continuam mortas no jardim da nossa casa e as lembranças estão trancafiadas no inconsciente e as vezes, em raras vezes vem a tona...
Sou da guerra e do caos


Você coloca sempre a culpa no destino todas as vezes que sua vida vira um tufão...
Mente pra si como se fosse fácil sublimar o amor que sente por mim.
Quero te dizer que eu vim pra causar confusão na tua cabeça e arrebentar as portas e os telhados da sua casa.
É da minha natureza entende, nada posso fazer.
Se quizer entrar saiba que nada será como antes e que as tempestades no meu mundo sempre são constantes.....

Sou da guerra e do caos...

terça-feira, 14 de julho de 2009

O absoluto

Tudo
somente tudo
é absoluto
O amor pode ser tudo
a paixão pode ser a metade
O ciúme pode ser um terço
talvez a soma dos dois catetos
e dos quadrados

Tudo
somente tudo
é absoluto
Mesmo quando se unem os corpos
e se confundem
Mesmo quando cresce e ejacula
mesmo o filho que desenvolve o útero

Tudo
somente tudo
é absoluto
até mesmo o orgasmo, os gemidos
e os sussurros...

Tudo
somente tudo
Gilliam

Eu
Você
Tudo é possível
Aonde
Te vi
Quem sabe
Me diz
Sei
Esqueci
Achei
E quase te perdi
Amo
Te amo assim
Agora
Está tudo bem
Tenho você
Aqui

Pra
Mim
Marina (4 períodos)

De manhã
Recitou Vinícius de Moraes
“Que seja imortal, posto que é chama”,
mas que seja infinito enquanto dure.”“.

De tarde
Recitou Manuel Bandeira ("Sonho de uma noite de coca")
- O suplicante "O pó de cada dia, nos dá hoje...".
- O senhor "Toma lá meu filho. Afinal tu és pó e em pó te converterás"
- Não quis cheirar, gosto mesmo é de vinho, mas ela cheirou e bebeu a última gota de vinho.

De noite
Recitou Vinícius mais uma vez (samba em prelúdio)
"Eu sem você, não tenho porque,
porque sem você, não sei nem chorar,
sou chama sem luz, jardim sem luar,
Luar sem amor, amor sem se dar ““.

De madrugada
Recitou Bandeira mais uma vez (A vigília de Hero)
"Tu amarás outras mulheres,
e me esquecerás”

"Ela dormiu e estava com um sorriso na boca".
A 180 Km

A 180 Km por hora
na estrada turva e deserta
embriagado e
pensando em ti
E Oscar Wilde
sabia muito bem
"A gente destrói aquilo
que mais ama “.
A destruição mágica
mostra o sentido amplo da dor
Não sinto mais o meu corpo
e nem o teu
A acidez da tua palavra
está em minha mente
A acidez do teu líquido
está em minha língua
Mas sei que Oscar Wilde
sabia muito bem,
"A gente sempre destrói
aquilo que mais ama".

quinta-feira, 25 de junho de 2009


Noturnos

Seres saem correndo na madrugada, encapuzados e com garrafas muquiadas. Alcoolizados ou sóbrios? Não se sabe ao certo, mas mesmo assim a madrugada promete. Estradas esburacadas, corações solitários vagando e rangendo os dentes. Sonhos perdidos, desgovernados, buscando o amor que se perdeu nos conteúdos sombrios d’alma.
Noturnos rompendo a neblina, organismo alterado, abraços de um pacto profundo, embriagado e impuro. Damas da noite e vagabundos são estrelas na madrugada e os noturnos são os donos do paraíso perdido.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Poema para ficar só

O meu mar não é o mesmo que o teu
e nem o meu barco quer passear mais com você
Vou seguir olhando pra frente
quero me perder nos confins do mundo e não vou voltar
nada me prende, nada me faz parar, nada me faz retroceder
O meu mar não é mais o nosso mar
entenda que prefiro a solidão do que viver com você
O meu mundo eu pinto com as cores que eu quiser e
pouco me importa que tú penses...
Não tenho amarras, não tenho manhãs e nem noites
não tenho inverno, primavera, outono ou verão...
Minha vida é feita de instantes onde percebo que estou vivo. Não penso no outro dia, porque não me pertence...
Veja que o meu mar não é o mesmo que o teu......

"Que venha a solidão"

Auriel Filho

terça-feira, 2 de junho de 2009

Livros da discórdia: ponto de vista

Já havia acontecido um erro nos conteúdos didáticos do livro de geografia que a Secretaria Estadual de Educação enviou para as escolas públicas, isso ainda podemos até relevar devido as questões de correções e etc. Mas não vim falar especificamente disso, quero apenas falar dos livros enviados para leitura que o governo Serra enviou para os milhares de alunos das escolas do Estado de São Paulo. Longe de achar ruim que livros sejam dados gratuitamente, mas o problema é outro, gostaria que os pais tentassem ler esses livros e fizessem uma auto critica sobre se os conteúdos ali são próprios para o entendimento dos seus filhos com idade de 11 e 12 anos. Os livros são esses: O coruja, autor Aluisio Azevedo, Editora Global, Papéis avulsos, autor Machado de Assis, Editora Educacional, As infâncias de Manoel de Barros, Editora Planeta, autor Manoel de Barros. Vou apontar aqui alguns problemas que vejo nessa ação onde o governo dá livros e não elabora em cima disso uma orientação de leitura e interpretação dos conteúdos dos mesmos. Esses livros foram entregues em março e até hoje não foram usados como fator de introdução a leitura e interpretação desses textos, além disso a temática dos livros para quem conhece os nossos autores do passado como Machado de Assis e Aluisio Azevedo são extremamente complexos, principalmente os termos de época que na sua grande maioria são fora do usual no momento. É bom lembrar que estou falando de um tipo de livro para a leitura e entendimento dos estudantes de 11 a 12 anos da 6ªsérie do ensino fundamental II. Voltando ao assunto é preciso que os especialistas que colocam no seu planejamento livros paradidáticos respeitem a fase que a maioria dos alunos com essa idade se encontram. Nessa fase o aluno precisa ser introduzido a livros lúdicos com mais imagens e com menos textos, devemos lembrar que essa é a segunda fase de iniciação a literatura para o aluno, as vezes esse mesmo aluno nunca passou pela primeira fase que é direcionada na pré escola e no fundamental I(1ª a 4ª série) e portanto vai odiar pegar um livro fora do seu campo global. Não quero levar a pensar que pessoas dentro da educação estadual tenham relações mais do que educacionais com algumas editoras ao ponto de fechar os olhos para a minha indagação sobre os critérios que fazem uma secretaria a fazer escolhas que não visam as fases que os alunos se encontram. Não quero acreditar que estão empurrando livros que estão encalhados no almoxarifado dessas editoras por causa de amizades escusas entre donos de editora e o setor de compra da Secretaria Estadual de Educação, longe disso, prefiro acreditar que foi mais um erro do governo Serra na educação. Para encerrar e para não dizer que fiz a crítica apenas por fazer quero indicar para os membros que cuidam desse assunto alguns livros que vão respeitar essa fase que citei dos estudantes com 11 e 12 anos. Livros que indico: Meu pé de laranja lima(realidade), autor José Mauro de Vasconcelos, Editora Melhoramentos, Lendas chinesas( fantasia), autor Eraldo Miranda, Editora Salesiana e Lico Pirulito( poesia infantil), autor Jorge Lasar, Editora Espaço Idea.

Auriel Filho é psicólogo e formado em Literatura

terça-feira, 19 de maio de 2009

Querido arcanjo Auriel

É tão bom escrever para você. Pelo simples fato de que desde que eu me entendo por gente, consigo me expressar melhor na escrita do que na fala. Não sei se por vergonha, não sei se por medo de errar, de falar bobagens ou até mesmo de magoar os outros, não consigo me expressar o quanto gostaria...mas meu anjo me disse que tem certas coisas que não devem ser explicadas...E apesar de há tempos não escrever, vamos lá:Conhecer você foi uma dessas coisas inexplicáveis que acontecem. Não sei te explicar o porque você entrou na minha vida, mas sei te dizer que você me faz bem.Também não saberia te explicar meu sentimento à fundo,mas posso te afirmar que adoro quando você liga, por simplesmente poder ouvir sua voz,e ter a certeza que você está sempre por perto cuidando de mim.Eu penso em você, eu sinto o seu cheiro, ouço aquela música mil vezes; desejo estar com você por perto mesmo que ao mesmo tempo esteja "longe". Sua presença me faz sentir forte e capaz. É algo puro e mágico.Mas é tão engraçado, quando estamos juntos eu fico vermelha, com vergonha, tímida, pareço uma criança; pois no normal seria um tanto "ousada".Me desculpe se te deixei chateado... só desejo que você esteja bem.Eu confio em você, mas como você mesmo disse sobre eu, entre a possibilidade de magoar alguém e me magoar, eu abro mão de tudo, inclusive meus desejos (que aliás estão muito confusos).Você é inesquecível, seu beijo me faz entrar em estado de levitação... Mas quando você toca "naquele assunto" por mais que seja normal e uma certa continuidade, quebra-se o puro,destrói o sagrado, e se torna humano... E tudo que era diferente, vira "comum"( bom, talvez nem tanto rsrs).Eu sempre vou estar com você,aliás, acho que já nos conhecemos de outras vidas sabia?É preciso tempo....Hoje, depois da chuva, fiquei observando o arco-íris e refleti que mesmo que eu não saiba o que vai acontecer daqui pra frente e nem o desfecho dessa história, tenho certeza que acabará bem, pois tudo da certo no final.

De sua eterna discípula Kristhis..

Ps: No ano passado ela mandou esses escritos, falando das coisas mágicas que vivemos no fim de 2008.....

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Ela não espera mais

Estou no trânsito engarrafado, preocupado em chegar no horário. Ela deve estar olhando no relógio do celular as horas e as horas passam como um expresso europeu...rápido e rasteiro..
Sinto que ela está puta da vida com o meu atraso e eu também não estou nada bem com o engarrafamento da auto estrada.
Ouço uma musica que há tempos ecoa em minha mente, uma musica da minha mocidade que fazia pulsar o meu coração na estrada fria na madrugada...
A madrugada que tanto amo, onde todos os espíritos da noite saem em busca de um pouco de aventura, de uns goles de vida, de amores não tão confiáveis e barato.
A madrugada que tanto amo mesmo com os perigos e o incerto...como num trem desgovernado.
Mas sei que existe poesia em tudo isso e é isso que me alegra.. de saber que não perdi a capacidade de me emocionar com a arte e a paixão da estrada...
Vou seguindo em busca de viver o máximo que puder e quando não der deixo pra natureza interromper...

Auriel Filho

terça-feira, 5 de maio de 2009


O jogador

Como um jogador é assim que me sinto quando estamos juntos. Nosso romance daria uma boa novela ou até mesmo um belo filme...seria uma produção apurada, locações bucólicas, cartas e poemas na cama....Como jogador aposto que a nossa estória terá altos e baixos, mas não sei se final feliz seria o ideal....Pois finais felizes neste momento da história do mundo e dos amantes é raridade... é um salto no escuro....Como jogador aposto que o meu mar é o mesmo do que o teu, mas os nossos caminhos não... Como um jogador te amo e te odeio sempre...como jogador te abraço e me afasto..como um jogador também eu blefo...Cartas na mesa por favor.....

Extraido do livro
"Romance nas trevas"
Autor:Auriel Filho
Como ela anda

A vida como anda
se é que anda
ou desanda
ou encanta

A vida as vezes desesperança
ou traz esperança

Sei lá..

A vida pode ser o volante do meu
carro a 180 por hora
ou um beijo da namorada que me espera
no portão da sua casa...

Mas pode ser o vinho que tomo
na noite que tudo acontece...
no dia como tantas que raia....

Meu amor ontem num deslize assassinei a lua e a vida

Extraido do livro
“Romance nas trevas”
Autor:Auriel Filho
Ela, eu e ele

Ela está dividida entre eu e ele
Eu sou o ex e ele o atual
mas não estou nem ai
Na verdade ela tem todo o direito de escolher quem ela
Quiser e isso é justo
Por sua vez eu que sou passado, mas não tanto
Tenho que seguir adiante
Sabe estou adorando fazer o papel de amante...

Extraido do livro
"Romance nas trevas"
Autor:Auriel Filho
Madrugada


“Aos que levantaram a taça na cerimônia da paixão da estrada”

E pensar que nos beijamos com volúpia
Num leve toque
Num leve beijo
E uma carícia de arrepios

E pensar que você é cheirosa

Uma mulher com dom de menina
Num breve olhar
Num breve sorriso

Estou me arrebentando por dentro
Mas ainda é preciso calma
É preciso tempo
Pra você despertar
Pra você me amar no vento


Extraido do livro
"Romance nas trevas"
Autor: Auriel Filho

segunda-feira, 4 de maio de 2009

De todas as coisas que sei

Pertenço a guerra e ao caos
e jamais certezas eu tive
Cresci rompendo o líquido
e perdi várias vezes o controle
até chegar você na minha vida....

Como num romance chinês
as flores foram ganhando cores
e o vento silencioso se estendeu por instantes

De todas as coisas que sei
é que pertenço a guerra e ao caos
e todas as vezes que sinto a tua presença
algo interno muda em mim....

Auriel Filho

quarta-feira, 29 de abril de 2009

DESTINO PREGA PEÇAS
“Queroli”


Chegou cansado, mas com um brilho no olhar. Na cabeça milhões de idéias e aquela cena de horas atrás. Ficou a pensar na mulher com o nome de sete letras e no encontro inesperado. Alojado na sua sala abriu uma garrafa de vinho e foi até ao computador colocar uma música que era a trilha sonora daquele encontro. A música instrumental latina de Carlos Santana “EL FAROL” o fez lembrar das noites intermináveis onde ele fazia juras do eterno até que a morte nos separem. Pensava nessas horas quando a conheceu. Estava ela atravessar a rua, mas o farol estava quebrado e os carros não paravam para que ela pudesse passar. Cavalheiro que era logo foi em sua direção e a ajudou atravessar sem perigo. Maldito farol disse a moça, mas logo se convenceu que o farol quebrado era um sinal e assim olhou o seu salvador como herói. Malditas mulheres, veio em sua mente ao tentar desvencilhar do olhar da moça que o comia com olhos de fogo. A moça que nunca havia tido um romance na vida devido a sua timidez agora estava toda excitada à procura do amor que nunca teve e isso agora se tornava um problema. Naquele dia o tempo havia mudado de repente e o frio chegou mais depressa, Ela que estava com um vestido fino e sem mangas logo ficou arrepiada e Set pela primeira vez teve coragem de olhar aquela mulher de 1,70 nos olhos. Reparou que os seus olhos eram claros, que seu rosto tinha traços de uma menina. Ficou a olhar com olhos de ternura e viu os pêlos dos braços eriçados e os bicos do seio da moça pontiagudos e rígidos. Set hipnotizado logo tirou o seu casaco e a cobriu para que o seu corpo ficasse aquecido naquela tarde de inverno. A moça agradeceu e pela primeira vez lhe dirigiu a palavra:
Muito obrigado por me salvar duas vezes.
Não foi nada apenas quis ajudar.
Sei que sim, mas nessa cidade é muito difícil de se conseguir ajuda, pois todos estão preocupados com os seus próprios dilemas e com isso não conseguem olhar para os lados e nem para as pessoas.
A cidade grande tem dessas coisas, as pessoas sempre estão apressadas, minimizou.
Após essas palavras ela deu sinal a um táxi que passava na rua dos pesares e se despediu de Set com um leve olhar de agradecimento. O motorista acelerou após o farol verde e pelo vidro traseiro do táxi ficou olhando Set paralisado vendo o carro se afastar. Sentiu raiva de si ao não ter tentado descobrir o que ela fazia, o seu nome sem enigmas e aonde morava, agora esperaria o destino mais uma vez interceder ao seu favor.
Chegou em casa e ligou o computador, no seu arquivo de mp3 selecionou algumas músicas para tocar e foi tomar banho. A água caia com força e quente, Set nessa hora pensou em um teórico alemão do final do século XIX que citava que as mulheres tinham alguns defeitos gravíssimos e que mesmo passando os séculos perduraria para todo sempre e que o homem deveria trata-las apenas para saciar o seu desejo. Citava que muitas pensavam assim como nós, mas poucas tinham coragem de assumir. A mulher, dizia ele, procurava no homem o príncipe encantado, o herói que vem lhe salvar com a sua lança forte e rija ou até mesmo um pai que a trataria como uma filha. A mulher segundo ele não mudaria nunca e que nos tempos vindouros também se apresentariam da mesma forma. Set ao tomar banho ficou a pensar naquela teoria e fez uma comparação com outro texto de um teórico dos nossos tempos que dizia que a mulher de hoje quer viver de facilidades, no mais deseja que tudo venha pronto. Quer um homem bem posicionado na vida, que tenha um motor, que sacie a sua vontade de princesa mal resolvida e que ele transe todos os dias. No mais não quer o papel e nem a personalidade daquelas poucas que habitaram a nossa história que combatiam o bom combate com os seus companheiros construindo juntos uma relação saudável entre homem e mulher. Set ficou a pensar o por quê daquilo vir em sua mente logo agora que uma mulher tocou-lhe o seu coração. Muitas imagens vieram em sua mente e pensou nos relacionamentos da sua vida que não deram certo e o medo que sentia em se apaixonar novamente. Os pensamentos cessaram ao desligar o chuveiro, mas o terror de ter um novo relacionamento iria persistir por algum tempo até que tomasse coragem de encarar o problema de perto. Já fazia algum tempo que havia fechado a sua mente para a paixão, desde aquele dia chuvoso no Cemitério do Vale, não queria mais aquela dor alojada no peito e nem os pensamentos suicidas que povoava o seu caminho. Set não queria nem pensar na possibilidade de um romance naquele momento, não conseguiria ser aquele homem de antes que se arriscava no amor mesmo quando as pesquisas ao seu favor eram desfavoráveis. Mesmo assim não é o consciente que manda nessas coisas do amor num primeiro momento e sim o inconsciente, é ele que determina, quem joga as primeiras cartas e é assim que tudo começa.
Ainda dentro do táxi a moça com o nome de sete letras ficou a pensar na sua timidez, estava se achando uma criança ao dizer a Set que o seu nome tinha apenas sete letras, mas não disse quais em sua ordem. Ele deve estar me achando uma criança pensou, mas sabia que teria mais uma chance, pois Set havia esquecido seus documentos dentro do casaco e quando partiu esqueceu de pegar.
Ela sorriu timidamente, a sua mente foi até um altar da igreja e ela toda de branco. E o motorista que as vezes a olhava pelo espelho frontal ficou a imaginar qual seria a graça naquele momento, mas não teve a audácia suficiente para perguntar.

Extraido do livro
"Contos do Inferno"
Frutas da discórdia

Confesso sou um devorador de algumas frutas, outras deixo para o meu amigo Ronaldo flamenguista e corintiano que é bom nisso. Como o Brasil é generoso, em todo lugar nascem aos montes essas frutas...quantas vezes não comi melancias, melãozinho, jacas, uvas e maças, sem contar outros derivados que não são propriamente frutas como: moranguinhos e cerejinhas. Já ouvi dizer que na Bahia da coco e na minha cidade Guarulhos jornais a dar com pau. Poderíamos alargar para o Rio de janeiro que lá só dá mulher fruta...Nunca se viu tantas frutas...Um amigo meu que é Freudiano disse que essa preferência nacional no momento por frutas e totalmente de ordem obsessiva compulsiva e pega muito o sexo masculino cerca de 72% e em mulheres pouco mais de 8% da população. Disse ainda que o problema também está na fase oral, o desejo que se inicia pela via oral desde a tenra infância...Em qualquer ser humano que não foi saciado na amamentação e por isso na fase de desenvolvimento quer colocar a fruta na boca....não quis por sua vez explicar tudo por falta de tempo e revisão que teria que fazer nos livros do Sigmund. Mas essas discussões a cerca da fruta, longe de ser modismo sempre vai existir. Já tem ecos no ar das feministas de plantão dizendo que as frutas são nefastas e que comê-las podem trazer doenças mil. Contando ainda que essas frutas destroem o lar familiar, a moral e os bons costumes, além disso, atitudes como essas desmoralizam a fruta...que além de fruta, vira gula e a gula é um dos sete pecados....As feministas agora querem mudar o jogo já que não conseguem que essas frutas virem mulheres e querem ir para o ataque...Estão pensando de montar uma estratégia de marketing e criar o homem hortifrúti...Bananas, berinjelas, nabos, cenouras e mandiocas seriam a bola da vez....Pro ataque como o Ronaldinho fenômeno faz quando pega nas bolas que recebe dos companheiros...Devo dizer que essa briga ou disputa não vai acabar e sinceramente as frutas não tem culpa pelas bobagens que os seres humanos criam e inventam para vender um produto. Tudo é uma modinha tem data certa pra terminar até que um esperto invente outra coisa para por no lugar. Então prefiro dar risadas do que levar uma coisa tão tosca a sério.
E viva o povo brasileiro que mesmo na desgraça consegue achar graça na vida ruim que leva...

Extraido do livro
“Contos do inferno”
a ser lançado num futuro
próximo por alguma editora

terça-feira, 28 de abril de 2009

Jesus gigolô

Estrelas da musica e do cinema mundial são iguais aos portugueses em quesitos da descoberta e em nome de alguma força maior que os impulsionem. Os portugueses dizem nos seus arquivos históricos que descobriram o Brasil, há controvérsias, mas vamos lá....Mesmo assim foram eles que implantaram a boa vida e a sacanagem, também deveras...Terra fértil, mar, sol, índias nuas, ouro e dominação total...Mas depois que usaram e abusaram das nossas riquezas e procriaram com as nativas índias e depois negras...levantaram a ancora volver...
As estrelas do show busines não ficam atrás quando aportam por aqui,mas diferem dos portugueses em poucos aspectos: Se encantam pela arquitetura da favela e faz ainda os pobres e a imprensa tupiniquim acreditarem que aquilo parece uma obra de Niemeyer, mesmo quando a arquitetura vem com esgoto a céu aberto e doenças mil, tudo isso devido aos maus políticos que nada fazem pelo morro ou pela comunidade....
As estrelas também se encantam como os portugueses por bundas...de branquinhas,ruivinhas e mulatas e agora também de algumas índias que vira e mexe aparece fazendo uma ponta em novelas da Globo. Mas tudo muda e o paladar também.... agora adoram certas mulheres com nomes de frutas como nós: Melancia, jaca,melão, maça e outros derivados como: moranguinho, uva e cerejinha. Nesse quesito os portugueses tiveram menos sorte, devido a falta de abundancia dessas frutas na época.
Agora passando para a questão feminina dizem também que as portuguesas também se encantaram, mas não pelos índios e sim pelos negros. Dizem as más línguas que a princesa Isabel era chegadíssima...Já as estrelas femininas são mais atentas, sempre querem adotar proles de mães que parem aos montes sem planejamento e sem condições emocionais e financeiras. E além disso usa também o macho brasileiro como souvenir, só pra inglês ver e dar ibope para os tablóides ou estandartes. No caso da Madona por exemplo isso fica mais explicito. Se nem o diabo pôde com ela, com certeza aos 50 anos teria que encontrar Jesus
mas não o Jesus socialista, mas sim o Jesus material boy ou toy boy como diz a mídia internacional e que aqui na nossa imprensa é chamado de Jesus Gigolô.
A Madona está na dela, é esperta e os portugueses também, no caso deles ninguém assumem nada definitivamente, os portugueses com o Brasil e a Madona com Jesus. Mas uma coisa ninguém pode dizer que eles não se parecem....Ambos fizeram todas as atrocidades em nome de Jesus....

extraido do livro
ainda em fase de construção
"Contos dos infernos"
Autor:Auriel Filho

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Sagazes, apaixonadas e espertas

Elas manipulam sempre quando querem algo
Oh! nossas fraquezas por lágrimas e pelo
um par de cochas nos fazem vulneráveis
Elas sempre sabem o que querem...
Mas elas, ah! Como são sagazes e espertas
Longe de mim pensar mal delas, afinal a nossa mais
transcedental brincadeira são com elas, pelo menos com
aquelas que gostam...
Ah! Mas elas como são sagazes, apaixonadas e espertas

Extraido do livro
"Na rua da solidão noturna"
Autor:Auriel Filho
Atrás do conversível azul

Liz andava pensativa nos últimos meses. Pensava em abandonar tudo, romper com as barreiras impostas pela família. Pensava já ser adulta, principalmente por ter passado nesse ano na Universidade Federal, no qual ia cursar filosofia. No entanto estava pensativa não devido aos problemas acadêmico e sim familiar, queria sair de casa e nunca mais dar sinal de vida para os pais. Reclamava com as amigas e amigos que seus pais não a entendia e por isso a melhor maneira seria abandoná-los, fugir para morar só ou com a galera da Uni...versidade... Certo dia havia bebido demais e começou contar que precisava se libertar, estava curtindo um som riponga na casa da Cacá e com uns goles a mais disse que não agüentava mais a proteção dos pais, o dinheiro, sua casa confortável e as roupas de grife. A única coisa que gostaria de levar se fosse embora de casa era um conversível azul, que na sua avaliação era um instrumento de liberdade. Imaginava dirigindo aquele carro com os cabelos ao vento, ouvindo um som underground e tomando umas...Na verdade só pra comentar um pouco sobre os pais de Liz no qual não conheci pessoalmente, mas sabia pelos vizinhos que eram pessoas honestas e trabalhadoras, que eles tinham uma grande dificuldade com a adolescente devido aos mimos que sempre fizeram pra ela e a falta de limites que esqueceram de colocar na educação da moça adolescente...A moça por sinal sempre fora rebelde segundo o olhar dos vizinhos...Houve um dia, porém que ela tomou a decisão quando bebia de madrugada com os universitários, vou me embora.Não para Pasargada como Manuel Bandeira, mas vou embora da minha casa pra sempre disse...Depois de acordar da bebedeira no outro dia lá pelas seis da noite, pegou um ônibus e rumou para casa. Chegando ao portão, logo estranhou aquele silencio, pegou a chave abriu a porta da sala e percebeu que não havia móveis na sala, foi para a cozinha e não encontrou geladeira, fogão, microondas e outros utensílios. Subiu as escadas com o coração acelerando e não encontrou cama, guarda roupa, roupas e outros pertences até mesmo dela...Para piorar encontrou um contrato de venda da casa com o nome do novo proprietário...Começou a ficar nervosa e sem entender nada, chorou pensando no pior....Só depois de algum tempo chorando é que foi perceber que os seus pais é que queriam dar um tempo longe dela, por não agüentar mais as estripulias e a falta de compreensão da mesma.....Longe dali numa colina ouvindo musica e tomando um vinho estavam os seus pais no conversível azul, fazendo tudo e mais um pouco daquilo que ela já havia pensado antes.....

Auriel Filho

terça-feira, 31 de março de 2009




Na rua da solidão noturna

Ela seguia com a mente
Conturbada, passos curtos
E o desejo contido. Seguia
Pela rua da solidão noturna,
Obcecada pela paixão que
perdeu no vazio do limbo
Ela seguia, pensava em se
atirar no primeiro carro que
passasse no cruzamento da
Quarto Centenário
Seguia ela, pela rua da
solidão noturna, temendo
acordar e não sentir a vida.

Extraido do livro
Na Rua da Solidão Noturna
Auriel Filho