quinta-feira, 25 de junho de 2009


Noturnos

Seres saem correndo na madrugada, encapuzados e com garrafas muquiadas. Alcoolizados ou sóbrios? Não se sabe ao certo, mas mesmo assim a madrugada promete. Estradas esburacadas, corações solitários vagando e rangendo os dentes. Sonhos perdidos, desgovernados, buscando o amor que se perdeu nos conteúdos sombrios d’alma.
Noturnos rompendo a neblina, organismo alterado, abraços de um pacto profundo, embriagado e impuro. Damas da noite e vagabundos são estrelas na madrugada e os noturnos são os donos do paraíso perdido.

2 comentários:

  1. um jogo de esconde, onde a alma não se deixa encontrar tão facilmente , não se entrega aos desmandos do destino que tão sorrateiramente rouba os minutos que se acrescentam às nossas vidas.
    texto para degustar, muito bom.

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