terça-feira, 22 de maio de 2012

MEU TEMPO


MEU TEMPO

Meu tempo que se esvai
tão sorrateiro como lembranças da infancia
e de canções que voltam sempre quando hiberno
Quando adolescente rompo os dias como um cometa
e quero toda urgência da rebeldia

Meu tempo que corre apressado
como num estalo busco a mocidade
tempos felizes onde o sonho sempre era possível
não tinha muros ou grades
ou mesmo os caminhos obscuros não eram intransponíveis

Meu tempo que foge num mar de vento
já adulto penso o quanto quero
o meu par me olhando
e quero mais, quero mesmo
todo o romance na taça de vinho branco

Meu tempo que chega pulsando
mas as horas continuam a passar
na velocidade de um avião super sonico
e vou embora não querendo
mas é chegada a hora

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